Liberdade aos seios

 

É gritante o apelo das mulheres em poder dar liberdade aos seios sem ser discriminada, sofrer preconceito ou receber rótulos por isso.

O acessório que foi criado para dar proteção ao órgão, na verdade, faz o contrário,

pois machuca e traz desconforto, contrário a calcinha ou a cueca, que não tem que dar suporte a nada.



O movimento femem até que tentou, mas falhou feio ao tentar ser essa voz das mulheres poderem andar com os seios livres, pois o ato acabou se tornando um apelo feminista, quando na verdade não é isso.







É comum usar-se o termo peito em amamentação.
Escolho aqui seio para discriminar que não se trata do órgão feminino que produz leite, mas de toda uma experiência que se dá a partir das sensações corporais em contato com o corpo da mãe ou substituto, criando marcas que se transformam em representações mentais, permitindo que se constitua um mundo interno simbólico, cerne da vida mental saudável. “o simbolismo se torna a base não só de toda a
fantasia e sublimação, mas também da relação do indivíduo com o mundo externo e com a realidade em geral”.

O contato com o sutiã começa na adolescência, o de bojo era mandatório, ninguém queria seios pequenos. Além da aparência falsa, esse cara dava um trabalho danado. O arame machucava a pele e, caso você sentisse coceira, precisava fazer uma manobra para desviar da espuma nada discreta. Bojo esquisito, peito que coça e arame que machuca. Esse era o cansativo caminho da mulher moderna em busca dos seios perfeitos. Conviver com seios falsos, anestesiados, de aspecto duvidoso e nada confortável. É óbvio que nunca iam gostar dos seus seios.

O tempo passa, você fica mais exigente e sem paciência para seios falsos. Um certo dia, a consciência chega. Você acorda de um sono profundo, tira a blusa e examina com muita atenção os seios. A angulação, o mamilo extra, o caimento, o tamanho, a textura. Nada mal, pensa.


Aí então você queima os sutiãs de bojo e troca por modelos mais amigáveis. Em vez daquela espuma de fábrica, deixa-os livres para ocuparem o espaço com vontade. 

Quando  se dá mais liberdade para os seios, a paixão acontece ainda mais por eles. Passar mais tempo sem sutiã, é fato. É uma progressão saudável e é realmente o que dizem: se você ama, você liberta. E quando você liberta, você ama ainda mais. É preciso fazer as pazes com os meus seios, buscar uma relação saudável e gozar de um amor livre. Livre de amarras, bojos e arames.







Na liberdade de imagem e de movimento cultural, social e de pensamento na sociedade dita contemporânea do seculo XXI, a sexualidade de pudor, legal, ética e moral deve estar estritamente restrita e circunscrita na região da genitália de todos os gêneros.
 (Ricardo V. Barradas)





Solta

Livre

Leve

Vivendo sonhos

Sentindo o mar

Seios no vento

Lembranças

Nua

Na rua

Risos

No ar ! (Leônia Teixeira)


Os seios que amamentam os nobres filhos de uma terra, não podem ser flagelados, pois, a realeza da mulher-mãe não tem preço que se compare ao seu amor.

Os tentáculos dos teus seios me sustentam a cada dia, como um pequeno mundo fora do universo, me sinto o único habitante da cidade do teu coração.

(Edgar Fonseca)









venha


me abrace forte

até o mundo ficar pequenininho,


então sussurre baixinho

seu amor por mim

e também seus medos,


nesse mar de amor,

ancore a dor


passe a ser barco

a navegar meus seios (Beto Servídio)




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